Paulo Freire já foi utilizado na educação? 🤔

 
Encontro com os ex-educandos da experiência educativa de Paulo Freire em Angicos/RN

Hoje se comemora o centenário do educador Paulo Freire, sendo que nesta foto acima, de 18 de outubro de 2018, tive a gratidão de me encontrar com os participantes da experiência de alfabetização de adultos liderada pelo educador em Angicos-RN. Sem delongas, a questão talvez polêmica que lhe trago é a seguinte: 

Será que Paulo Freire já foi utilizado, de fato, nos sistemas de ensino?

Não sei se notou, mas existe uma diferença entre a questão acima e a do título. Sendo sucinto, existe a educação, de modo geral, e a escolarização, que é um fazer mais específico da escola, concorda? Discorda? Você pode registrar um comentário sobre isso! O debate está aberto, mas sigamos em frente com a questão deste texto.

Muitos dirão que a resposta é "sim", e esses "muitos" são de "direita" e também de "esquerda", e talvez ainda de outros espectros políticos, mas são ainda estudantes de licenciatura, educadores sociais, professores, pedagogos, gestores escolares, mas... Sou de opinião de que Paulo Freire nunca foi utilizado na educação escolar, tendo ele se aproximado muito mais do que se denomina, especialmente hoje, de educação não escolar. E aí você talvez se questione com um "como assim?". Eis minha explicação, aberta ao debate (pós) crítico, mas respeitoso, ok? Eu considero que a experiência educativa de Freire, especificamente em Angicos, não ocorreu no âmbito da escolarização tradicional, mas sim ocupando outros espaços sociais com atividades educativas de alfabetização, mas vale dizer que visando algo maior do que a mera leitura textual, pois abrangia a leitura de mundo.

Considero que Freire implementou uma tendência pedagógica que incomodou e ainda hoje incomoda a sua mera possibilidade de implementação. Pois é, eu disse agora "possibilidade de implementação", porque, como mencionei, sou de opinião de que a pedagogia freireana nunca foi utilizado na educação escolar, e continuando minha argumentação, seria porque esta precisaria se expandir para além de seus muros, mas além disso de forma crítica, conscientizadora, visando a emancipação do sujeito. Essa educação teria que valorizar e contemplar em seu fazer o repertório cultural dos educandos e ainda permitir a interação de educadores sociais com diferentes formações, mas orientada por uma pedagogia.

Onde está essa educação de Paulo Freire, com tantas instituições apenas reproduzindo uma cultura organizacional que há anos "anda em círculo", girando e girando apenas em torno de si, e não dos desafios do mundo social em seu entorno?

Mas daí talvez você me diga que já o viu sendo citado por aí, não é mesmo? Inclusive agora, em seu centenário, quantas postagens e vídeos por aí, não? Pois bem, continuando com o meu ponto de vista, há anos vejo que Paulo Freire é admirado, citado, compartilhado, mencionado, relatado, homenageado, reverenciado, sendo seu nome utilizado para registro em instituições diversas, e... o que mais? Certamente há mais que eu não esteja lembrando, mas e utilizado, de fato, no dia a dia escola, no cotidiano escolar, semana a semana, mês a mês, com previsão em projeto político-pedagógico de recorrentes círculos de cultura, e que durante e ao final se faça uma autoavaliação crítica do processo? Hum?

🤨👂🏼

Minha experiência me diz que Paulo Freire, até agora, nunca foi utilizado na educação escolar, mas o que você pensa disso? Estou aberto ao diálogo (pós) crítico, mas respeitoso, pois posso (re) aprender e assim (re) ver meu ponto de vista de outro modo, agregando ou desconsiderando parte de minha argumentação. Agora a palavra está com você: deixe seu comentário!

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